Qui, Maio 9, 2024

Último dia do XV ENERP debate a desigualdade de gênero dentro da Carreira Militar

Último dia do XV ENERP debate a desigualdade de gênero dentro da Carreira Militar

As discussões do XV Encontro Nacional de Entidades Representativas de Praças (ENERP) foram encerradas com chave de ouro. O último dia do evento abordou um tema pertinente e necessário para nossa sociedade: os impactos da desigualdade de gênero no acesso e desempenho da carreira militar. Todos puderam acompanhar a palestra apresentada pela Coronel Camila Paiva - Chefe da Chefia de Políticas de Segurança à Mulher da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, Pós Graduada no Enfrentamento à Violência contra a Mulher e 1ª Oficial Feminina do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas. Ela trouxe uma importante reflexão em torno dessa temática que é uma realidade dentro das corporações e que precisa ser mais discutida. Baseado em sua história de vida, a Coronel Camila Paiva promoveu sua apresentação. “Infelizmente o fato de ser mulher sempre gera um questionamento e uma dúvida. Isso é um reflexo da desigualdade de gênero, já que nenhum homem entrou na instituição e foi submetido a um determinado tipo de rótulo. Para que a mulher tenha respeito, sucesso e autoridade muitas vezes é necessário criar um estereótipo mudando seu jeito de ser. Isso tem um impacto grande na vida das mulheres e gera um adoecimento mental”, comentou. Ainda em sua palestra, a Coronel Camila explicou quão cruel é o peso do machismo em nossa sociedade e principalmente dentro de uma instituição que é majoritariamente masculina. “Eu sempre faço essa analogia. O machismo é uma piscina em que todos nós estamos dentro. Alguns estão somente molhando os pés, outros estão com a água até o joelho, e muitos estão mergulhados. Isso acontece porque todos nós fomos criados dentro dessa cultura. Por mais que a gente conscientemente não ache que a mulher seja inferior ao homem, nós temos uma estrutura social construída ao longo da história que coloca a mulher em um lugar de subordinação e inferioridade que está no inconsciente coletivo. Precisamos entender que só conseguimos avançar com reflexão”, explicou. Ainda em sua fala, a Coronel deixou uma pergunta pertinente. “É importante pensar: como é que nós temos tratado a existência das mulheres dentro da corporação?”.


Imprimir  
Image
Image

Temos 24 visitantes e Nenhum membro online