Seg, Maio 20, 2024

Vitimização e vulnerabilidade dos profissionais de segurança pública

Tanto em nível federal como estadual existem poucos dados disponíveis sobre o problema da vitimização dos policiais e bombeiros militares durante o exercício da profissão. Há resistência dentro das próprias corporações militares e dos governos em reconhecer publicamente o problema, com a desculpa de que esse reconhecimento possa parecer "fraqueza" das instituições de segurança pública.
Esse é o diagnóstico apresentado pelo presidente da Associação Nacional de Praças (Anaspra), cabo Elisandro Lotin de Souza, durante participação no seminário “Diálogos Públicos Ministério Público e Sociedade – Polícia Democrática e Direito à Segurança”, promovido pelo Ministério Público Federal nos dias 16 e 17 de março, em São Paulo (SP).

Policiais vítimas, segundo Lotin, são aqueles que sofrem alguma agressão tanto intermamente, como estresse ocupacional, assédio abusos e direitos negados, e externamente, como lesões e traumas de todos os tipos durante o trabalho.

As consequências dessa vitimização, explicou o presidente da Anaspra, é o alto índice de suicídio de policiais e bombeiros militares - 7,2% maior que a população em geral - e de profissionais com doenças relacionadas à saúde mental, como depressão, estresse e dificuldade de relacionamento. Outra consequência importante, apontou Lotin, é o fato da de a vitimização prejudicar o desempenho profissional em uma atividade que envolve risco de vida - do próprio trabalhador e de pessoas envolvidas.

De acordo com a apresentação do cabo Lotin, que também é diretor de relações públicas da Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc), alguns fatores como a formação - baseada na pedagogia do sofrimento - a jornada de trabalho, a qual não tem regulamentação legal, também interferem na vitimização dos policiais militares.

ASSISTA À APRESENTAÇÃO


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