Cerca de mil pessoas, entre praças de diversas regiões do Brasil, parlamentares e apoiadores em geral, participaram do ato público que homenageou profissionais da segurança pública mortos em decorrência da profissão - organizado pela Associação Nacional de Praças (Anaspra). Diversos membros de entidades de representação nacional dos trabalhadores da área também participaram do evento, realizado na Câmara dos Deputados.
O ato começou ao meio dia da quarta-feira (25/02) e se estendeu até 17h, no Hall da Taquigrafia. Um grupo de trabalhadores da segurança do Distrito Federal realizou uma marcha na Esplanada dos Ministério. Mais tarde, os participantes do ato e da caminhada fizeram uma manifestação do lado de fora do Congresso Nacional e pregaram centenas de cruzes no chão, representando os profissionais mortos. Representantes das corporações, das associações e deputados se revesaram em discursos em homenagem aos profissionais.
O presidente da Anaspra, cabo Elisandro Lotin de Souza, disse que o ato se transformou em um “grito de liberdade”. Ele ressaltou a vinda dos 140 praças de Santa Catarina e de 80 praças de Minas Gerais, que viajaram horas de ônibus para participarem do ato, que teve ainda o objetivo de reivindicar direitos constitucionais e regaste da autoridade dos profissionais da segurança.
Para o deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG), o ato em Brasília não foi uma manifestação isolada. Em diversos estados, policiais e bombeiros militares se manifestaram ligando as sirenes de viaturas e mandando mensagens vias redes sociais. Segundo informações que chegaram até a organização do evento, em Santa Catarina, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio Grande do Norte a adesão ao ato foi oficial.
O ato contou ainda com a manifestação de diversos deputados, de várias regiões do país e de variados partidos. Todos parlamentares defenderam medidas para diminuir a violência contra os policiais, através da integração entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, federal e estaduais.
Presidência
Durante a realização do ato, dirigentes da Anaspra e deputados da Frente Parlamentar da Segurança Pública do Congresso Nacional se reuniram com o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), para apresentar a pauta imediata dos profissionais da segurança. O deputado Subtenente Gonzaga pediu a aprovação urgente do projeto de lei (PL 8258/14) que aumenta a pena para os homicídios contra agentes públicos e enquadra esse crime na lista dos crimes hediondos.
O projeto de lei (PL-305/2015) que concede anistia aos policiais e bombeiros militares dos estados do Amazonas, do Pará, do Mato Grosso do Sul e do Acre, punidos por participar de movimentos reivindicatórios, também foi destacado como prioridade pela representação da Anaspra. Cunha se comprometeu a estudar os pedidos e colocar o tema da segurança pública como destaque.
Texto e fotos: Alexandre Silva Brandão (jornalista Aprasc/Anaspra)
Com informações: Sarah Pinheiro Cândido (jornalista Câmara dos Deputados)